quinta-feira, 31 de março de 2011

Nocautes e finalizações inesquecíveis

VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR NESSA PORRADA!

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Cenas absurdas no MMA, UFC e Pride.

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Rickson Gracie no Altas Horas! "Parte 1 de 2"

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Karate VS WTF Taekwondo

Jiu jitsu vs Karate

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Portal TV: Rogério Camões




A prática do Aikido, bem como das artes marciais japonesas tradicionais, não requer experiência prévia em artes marciais, não depende da idade e pode ser praticado por todo tipo de pessoa. Se você está pensando em iniciar uma atividade física, e/ou fortalecer corpo, mente e espírito, aliado a um método efetivo de defesa pessoal, o Aikido é para você.
O AIKIDO é uma arte marcial japonesa tradicional, cujos vocábulos podem ser traduzidos da seguinte maneira: AI (harmonía / união), KI (energia /espírito), e DO (caminho). Não é um esporte nem uma arte de combate, trata-se de uma prática cujo foco é a busca interior.
Homens, mulheres, crianças, adultos, pessoas na terceira idade, dos 6 aos 80 anos, são encontrados nos dojos (locais de prática) em todo o mundo.
Através de um exercício sincero e disciplinado consegue-se um eficaz método de defesa pessoal.
Durante o treinamento mudam-se os papéis de atacante e atacado e eles se desenvolvem mediante o estudo de técnicas eficientes de imobilização e projeção. O estudante corrige sua postura e a amplitude de seus movimentos através do trabalho a mãos nuas e, também, com armas como o "Jô" (bastão de madeira), o "bokken" (espada de madeira) e o "Tanto" (faca de madeira).
No Aikido cultiva-se as sete virtudes do guerreiro conforme o "Bushido" (código dos samurais): justiça, valor heróico, compaixão, cortesia, honra, sinceridade e o sentido de dever e de lealdade.

O Aikido não é um esporte nem uma arte de combate. Ele trabalha o desenvolvimento da percepção, para enxergarmos melhor o mundo visível e o invisível, e passarmos a respeitar as leis que os regem (Kannagara no Michi).
Na prática do Aikido desenvolve-se o relaxamento, a concentração, a não-resistência, a ausência de espírito de competição, a respiração abdominal, a ausência do conceito de adversário, a consciência do "parceiro", buscando-se formar a ideia de complementariedade, sempre aumentando o uso do ki (Energia Interna).
O treino apresenta benefícios, físicos, biológicos, psicológicos,
técnicos, e espirituais. Através de sua ginástica especial, baseada nos movimentos circulares de defesa e métodos de respiração alcança-se o melhoramento do sistema cardio-vascular, neuro-muscular e metabólico, além da melhora das aptidões e capacidades de coordenação motora, aumentando a
saúde, a flexibilidade e a força.
Com o treinamento, a pessoa aprende um eficiente sistema de defesa pessoal, aprimorando nossa reação inconsciente e reflexiva diante de situações de conflito. Até o GOE (Policia Especial de São Paulo) usa para seus homens. No treinamento gera-se uma confiança maior em si e em seu potencial, criando habilidades para superar os obstáculos e medos mentais.
Desenvolve-se o aumento da vontade, o auto-dominio e o conhecimento das qualidades e debilidades próprias.

Impregnado da filosofia japonesa tradicional que envolve muitas tradições religiosas, entre elas o sincretismo entre o xintoísmo, budismo, taoísmo e confucionismo, e no respeito às leis naturais, o treinamento do Aikido busca a percepção e o exercício da harmonia, unidade e ação conjunta entre corpo-mente-espírito, mediante a ressonância com todas as energias, seja através da respiração ou até na alternância dos fenômenos do dia-a-dia.
No dojo se fazem grandes amizades, inclusive acontecem casamentos pois, na relação próxima, as pessoas acabam se conhecendo por inteiro, surgindo grande empatia e relações interpessoais diferentes da violência, dirigidas à compreensão e respeito ao outro, respeito esse extensivo ao meio ambiente, à natureza e ao universo.
Outro aspecto importante é o aprendizado de como devemos lidar com a frustração. Durante o treinamento em alguns momentos encontramos barreiras para progredir, e isto frustra o praticante, possibilitando-o confrontar-se com ela.
A insistência em superar esses momentos, com a disciplina e a persistência ensinada no dia-a-dia do dojo, faz com que todos (adultos ou crianças) aprendam a passar por essas experiências e superá-las, coisa que será muito útil posteriormente em suas vidas, e esta possibilidade acaba sendo algo de enorme valor para nosso sucesso pessoal e profissional.
A pessoa com espírito fraco, nestas ocasiões, tendem a perder a motivação ou mudar para outra atividade que não as frustre. O mesmo acontece em muitos casamentos, ocorrendo divórcios cujas causas alegadas, culpando-se o outro, não são justificadas. No fundo o que acontece é a inexperiência em vencer a frustração natural causada pela falta de percepção das mudanças continuas no Universo, que também são expressas na vida de todo nós.
Todos os estudantes, sem excessão, experimentam ciclos no treinamento. As vezes aprendem rapidamente e "tudo se encaixa" de uma forma bastante satisfatória. Outras vezes nada parece ir bem, os instrutores os corrigem sempre e, nestes momentos, se a pessoa não estiver preparada, as aulas parecem uma perda de tempo. Em psicologia freudiana isto se chama "resistência", sendo um fato negativo muito grande para a cura.
Nesses momentos é onde temos a maior oportunidade de testar nosso Aikido, pois é quando podemos crescer e ir além da nossa costumeira aproximação aos desafios que a vida nos oferece. Não é somente o Aikido que ensina isto, mas por certo ele o faz para quem decide seguir este caminho com determinação. Isto é verdade para cada um de nós, sejamos crianças ou adultos, rincipiantes ou graduados, inclusive para os instrutores.
Todos lutamos para tentar atingir o nível seguinte de graduação em nosso treinamento, e a maioria de nós pensamos que é sempre mais fácil para os outros companheiros. Não é assim, porque o nível seguinte de nosso treinamento é sempre difícil para todos e cada um de nós, justamente porque é um nível mais avançado e mais alto, é um degrau a subir. Eis porque as graduações são chamadas de "Dan" (degraus).
Estudar Aikido é complexo, ocasionalmente frustrante, e as vezes difícil. Porém, trata-se de aprender algo vital para nos realizarmos como seres humanos e adquirir a sabedoria e a alegria de viver.

È muito importante começar a treinar o Aikido em uma academia reconhecida e que esteja vinculada com a FUNDAÇÃO AIKIKAI que fica no Japão, entidade fundada e mantida tradicionalmente pela familia Ueshiba que mantém os ideais do Fundador deste Caminho, o Kaiso, evitando-se desta forma, começar a treinar de maneira errada, recebendo informações distorcidas e adquirindo vícios que, uma vez adquiridos, são difíceis de corrigir
posteriormente.
Treinar em um dojo supervisionado e fiscalizado pela Confederação Brasileira de Aikido -BRAZIL AIKIKAI garante ensino de nível internacional.
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O Aikido do Fundador Morihei Ueshiba.

Por Stanley Pranin.
Tradução - Jaqueline Sá Freire (Brazil Aikikai - Hikari Dojo – Rio de Janeiro)

O Fundador do Aikido, Morihei Ueshiba
Uma das coisas que percebi cedo na minha carreira de pesquisador das origens do aikido é o fato de que poucos professores de aikido da atualidade têm consciência de certos dados específicos da arte do Fundador. Mais que Morihei Ueshiba, os pioneiros do aikido do pós-guerra eram pessoas como Kenji Tomiki, Gozo Shioda, Kisshomaru Ueshiba, Koichi Tohei, Morihiro Saito, Seigo Yamaguchi, Michio Hikitsuchi e outras, que foram as figuras principais que deixaram a impressão mais forte na forma como a arte é praticada atualmente.
A metodologia de ensino de Morihei Ueshiba, que estava fora de sincronia com a sociedade japonesa do pós-guerra, sua forte orientação religiosa, suas freqüente viagens e seus horários irregulares, tornaram difícil para a maioria de seus alunos receber instruções profundas do Fundador. A isso se soma o fato de que o aikido se desenvolveu e se espalhou pelo Japão durante uma era de paz e posteriormente floresceu em um período de uma prosperidade econômica sem precedentes. Em tal enquadramento social afastado do constante espectro da Guerra e da sensação de perigo físico, o treinamento do aikido em um período de paz não tinha a intensidade e o foco dos tempos de insegurança da era anterior à guerra. Além disso, a prática do judo e do kendo se espalhou antes da Guerra e era ensinada em escolas. Isso significa que aqueles alunos que aprenderam com O-Sensei no período anterior à Guerra tinham um nível preparação física e mental muito maior ao iniciarem seu treinamento se comparados aos alunos que vieram depois da guerra.
Certamente, existiram alguns técnicos excelentes e professores inspiradores durante os anos iniciais de crescimento do aikido a partir da década de 1950. Também havia alguns que falavam da dimensão moral do aikido e de seu papel como veiculo para o aperfeiçoamento dos indivíduos e da sociedade. Mesmo assim, a alta percepção, a agudeza e a absoluta exuberância apresentadas pelo Fundador ao demonstrar sua arte dificilmente poderiam ser vistos em qualquer lugar. Da mesma forma, a perspectiva religiosa do Fundador e sua visão de si mesmo como um instrumento do “kami”, cujo propósito seria trazer a paz e a igualdade na terra, é uma visão muito grandiosa para a maioria dos professores de aikido, que vêem a si mesmos principalmente como pessoas que oferecem treinamento em autodefesa e exercícios para o público.
Ninguém duvida de que não existe um substituto para longos anos de treinamento dedicado, e o Fundador é o exemplo máximo. Mas, além disso, quais são as características especiais da arte de O-Sensei que o separam das gerações de estudantes que seguiram seus passos? Usando imagens retiradas de vários dos seus filmes que ainda existem, gostaríamos de capturar momentos-chaves que ilustram os princípios dinâmicos do aikido do Fundador.

A Postura

Para começar, ao vermos os filmes do Fundador, ficamos impressionados por sua excelente postura todo o tempo. É claro que a boa postura é um ponto comum nas artes marciais e em quase qualquer atividade física ou esportiva que se mencione. A prática da espada desenvolve uma boa postura, e já se escreveu muito sobre o grande interesse do Fundador em espadas, que começou nos meados da década de 1930.
Obviamente, a postura correta está absolutamente ligada ao bom equilíbrio e à habilidade de relaxar. Os movimentos do Fundador, livres e fluidos, começam com uma postura ereta em que não há qualquer sinal de rigidez. Assim ele está livre para se mover em qualquer direção, avançar e girar durante a execução das técnicas.

Awase

Unindo-se com o uke
O conceito de “unir-se” com seu oponente no aikido é frequentemente usado quando os professores descrevem a mecânica de uma técnica. O que geralmente se quer dizer com isso é que o movimento deve ser coordenado para coincidir com a velocidade e a direção do ataque do uke. Após isso ter sido alcançado, como a idéia prossegue, o nage coloca o uke em uma posição desequilibrada e executa o arremesso.
Na verdade, essa é uma explicação muito superficial do conceito da união como era visto pelo Fundador. A razão é que, neste cenário, é o uke quem controla o tempo e a direção do ataque enquanto o nage “reage” em uma tentativa de se unir ou se igualar aos movimentos do uke. Contra um oponente hábil e capaz de movimentos muito rápidos, simplesmente não há tempo suficiente para responder desta maneira.
Em um nível bem mais alto, o nage toma a iniciativa forçando o uke a reagir à “direção” psíquica indicada pelo nage. O uke não consegue coordenar um ataque significativo contra a pressão psicológica aplicada pelo nage. Exemplos desta estratégia aqui descrita podem ser uma postura natural acompanhada por uma sutil mudança do corpo, metsuke ou contato visual, ou a alteração do ritmo da respiração, para listar algumas poucas possibilidades. Sob tais condições, o uke deve lidar com um campo de energia que se altera e mudar seu ataque para compensar.

Kiai / Atemi

Kiai – grito de combate
O termo kiai é às vezes coitado em “conjunção” com o treino do aikido e se refere a um “grito de combate” usado para interromper ou neutralizar o ataque de um oponente. O uso desta poderosa técnica de vocalização corresponde à exalação de ar e concentra o corpo e o espírito do nage em um ponto específico. O resultado final de um kiai bem executado é a interrupção do fluxo do ki do uke e a inutilização de seu ataque. Frequentemente o movimento do uke será congelado por um breve instante, dando ao nage uma excelente oportunidade para aplicar uma técnica.
O-Sensei frequentemente usava o kiai como um instrumento para controlar seu uke. Ele o usava com maior freqüência ao fazer demonstrações com a espada. Ironicamente, o uso que o Fundador fazia desta técnica era tão eficiente que os ataques de seus uke costumavam parecer fracos, porque eles eram interrompidos por seu kiai bem sincronizado.
 O Fundador podia ser visto aplicando atemi ou “golpes antecipados” até o fim de sua vida. Mas, atualmente, o atemi caiu em desuso no aikido. Acredito que isso se deve à falta de compreensão quanto ao seu propósito. O Atemi é uma ação usada para antecipar a intenção agressiva do uke através de uma manobra de distração na forma de um golpe. O uso do atemi não é para o propósito de ferir ou “enfraquecer” o uke entes de se efetuar uma técnica. Seu papel é semelhante ao do kiai, pois ele interrompe a concentração do uke.

Além de “Sensen no Sen”

“Controlando seu oponente sem tentar controlá-lo”
Uma explicação tradicional das estratégias no contexto das artes marciais japonesas frequentemente envolvem uma discussão em tres níveis da iniciativa de combate: “go no sen,” “sen,” e “sensen no sen”. Estas estratégias são definidas como se segue: “Go no sen”, significa “ataque posterior” envolve um movimento defensivo ou um contra ataque em resposta a um ataque; “sen”, uma iniciativa defensiva lançada simultaneamente ao ataque do oponente; e “sensen no sen”, uma iniciativa iniciada em antecipação a um ataque em que o oponente está inteiramente concentrado em seu ataque, e assim, psicologicamente além do ponto de onde poderia voltar. Esta ultima estratégia é em geral considerada como o nível mais alto do cenário das artes marciais clássicas.

O conceito do Fundador da estratégia do aiki vai muito além da dimensão da confrontação psicofísica. Em uma entrevista de 1957, ele expressa o conceito com estas palavras:
“Não é uma questão de ‘sensen no sen’ ou de ‘sen no sen’. Se eu tentasse colocar em palavras eu diria que você controla seu oponente sem tentar controlá-lo. Este é o estado da vitória contínua. Não existe qualquer idéia de vencer ou perder em relação a um oponente. Neste sentido, não existe um oponente no aikido. E mesmo que você tenha um oponente, ele se torna uma parte de você, apenas um parceiro que você controla”.
O conceito chave aqui é que o que normalmente consistiria de uma confrontação física com um possível atacante é transformado em uma harmoniosa interação. O impulso de luta do uke foi suplantado e coberto por amor. Em outras palavras, a meta é viver toda a vida em um plano diferente de consciência, em harmonia com o seu redor e com as pessoas com que se encontra. Olhado por este lado, o aikido se torna uma metáfora para a vida em paz, com a posse de habilidades necessárias para se neutralizar e subjugar um oponente violento.
Este é um pensamento superior que só pode ser atingido com longos anos de treinamento para desenvolver uma sensibilidade maior em relação às pessoas e aos acontecimentos que nos rodeiam. Além disso, isso envolve o desenvolvimento de um grupo de habilidades espontâneas que consistem em respostas fisio-psicologicas adaptadas a qualquer tipo imaginável de interação humana. O Fundador descrevia esse estado como “Takemusu Aiki” – o nível mais alto do aikido em que se é capaz de executar espontaneamente técnicas perfeitas em resposta a qualquer circunstância.

Ame no Ukihashi

“Ponte entre o Céu e a Terra”
O Fundador via o mundo de um ponto de vista Xintoista e era especialmente influenciado pela seita religiosa Omoto. Uma das expressões que ele usava frequentemente ao se referir ao seu papel como criador do aikido era “Ame no Ukihashi”. Isso literalmente significa “Ponte Flutuante entre o Céu e a Terra”. É a ponte que une o Céu e a Terra. Assim, estar em Ame no Ukihashi significa estar entre o Céu e a Terra. No Kojiki, a crônica Japonesa ancestral, está registrado que duas deidades estavam nesta ponte ao começarem seu primeiro trabalho de criar os países (ilhas).
Esta Ame no Ukihashi—a ligação entre o Céu e a Terra — estava localizada aonde quer que o O-Sensei estivesse em certo espaço de tempo executando trabalhos em nome dos kami ou deidades para criar um mundo harmonioso e pacífico. Em outras palavras, esta é a missão do aikido. O elaborado jo kata de O-Sensei, que consiste de movimentos para cima e para baixo e de espirais, que ele fazia em demonstrações, simbolizava este elo com a energia divina emanando da esfera celestial.

Para cima e para baixo, para frente e para trás

O Fundador era perito em determinar a forma do movimento de um possível atacante. Uma das maneiras como ele fazia isso era executando varias manobras com o corpo com um refinado sincronismo exatamente antes de um ataque. Ao usar movimentos para cima e para baixo, de um lado para o outro e deslizantes, ele conseguia fazer com que fosse virtualmente impossível que um atacante iniciasse um movimento agressivo de uma postura estável. A compostura mental do uke estaria perturbada através de tais movimentos que o levariam ao ponto em que ele perdia toda a vontade de atacar.
Às vezes o Fundador erguia os braços no alto ou saltava no ar ao se aproximar de seu parceiro, deixando-o completamente indefeso ao tentar em vão coordenar um ataque.

Direcionando e redirecionando

Direcionando o uke
O Fundador fazia freqüente uso de alongamento dos braços e de movimentos circulares das mãos antes do contato físico com o uke. Isso servia para o mesmo efeito que os movimentos de mudanças do corpo descritos acima. A atenção do atacante era direcionada para os movimentos de mãos e de braços do Fundador, e qualquer impulso de sua parte seria previamente suprimido. Estes movimentos, se levados até o fim, resultavam em movimentos em espiral e para cima e para baixo que se seguiam de uma técnica de arremesso ou de uma chave de articulação
Mudança de direção
Outra típica manobra usada pelo Fundador envolvia aparentar uma intenção e reverter a direção. Isso tomava a forma de um movimento corporal ou uma súbita mudança do corpo de um lado para o outro antes de avançar. Seu taisabaki forçaria o uke a fazer um movimento em uma direção, permitindo assim que O-Sensei avançasse pela lateral enquanto o uke seguia em frente “preso” à linha do ataque inicial, que já tinha sido abandonada pelo Fundador.

Aikido e a espada

O Fundador demonstrava grande interesse pela espada durante toda a sua carreira nas artes marciais. Ele chegou a receber um certificado de uso de espada do Yagyu Shinkage-ryu de Sokaku Takeda em 1922, apesar do fato de que o conteúdo de seu treinamento de espada com Sokaku não ser conhecido. Posteriormente, em 1937, ele oficialmente se uniu à escola clássica Kashima Shinto-ryu que teve influência em suas experiências com o uso da espada, especialmente durante os anos de Iwama, de 1942 até cerca de 1960.
O-Sensei não tentou codificar ou desenvolver um kata de espada para ser usado formalmente no treinamento do aikido. A espada era, para o Fundador, uma extensão do poder divino, para ser usado exclusivamente com o propósito de dar a vida. Seu trabalho com a espada— e pode-se dizer o mesmo em referência ao jô – era simplesmente uma ferramenta diferente para a expressão do movimento do aiki baseado nos mesmos princípios universais que as técnicas de taijutsu.
Como a espada é uma extensão do corpo, certos usos e princípios dos movimentos são compreendidos melhor e com mais clareza em comparação com as técnicas de mãos livres. O Fundador frequentemente ilustrava um movimento ou algum princípio com e sem sua espada durante o treinamento para esclarecer seu inter-relacionamento.
Assim, as comparações do uso da espada por O-Sensei com as escolas clássicas são inúteis, pois sua intenção não era ensinar técnicas de campo de batalha mas sim demonstrar como a energia divina é canalizada através do corpo humano, pelo espaço a sua volta e através de todo o Universo.

Kihaku


“Kihaku” - Espírito
“Kihaku,” normalmente traduzido como “espírito” ou “vigor”, é um termo que pode ser usado para descrever o nível geral de energia ou o foco, evidentes no aikido do Fundador. Havia uma qualidade “elétrica” ou “cheia de energia” em seus movimentos que era tão palpável que podia ser percebida até por um observador. Todas as características do aikido de O-Sensei das quais falamos, ao serem reunidas, podem ser resumidas como kihaku. É uma intensidade dinâmica que é gerada pelo foco absoluto em sintonia com o ambiente que o cerca.
A arte do Fundador era realmente mágica. Até mesmo assistindo antigos filmes que preservam seus movimentos, somos cativados por sua presença dominadora, por sua energia cheia de alegria, e pela completa maestria da energia e do espaço. Tal nível habilidade só pode ser atingido por uma pessoa que chegou ao estado que muitos chamam de “iluminação”. De qualquer forma, sem dúvida ele transcendeu a consciência humana normal e entrou em um estado elevado de alerta e sensibilidade. Este estado de união é a meta que deve ser o exemplo brilhante para os aikidoka de todos os lugares, que são tocados por sua mensagem atemporal. Porque deveríamos almejar algo inferior a isso em nosso treinamento?

Sensei Henrique Machado do CT ASLE