domingo, 26 de maio de 2013

PortalTV: Pezão critica interrupção de Yamasaki e pede punição a árbitros

PortalTV: Pezão critica interrupção de Yamasaki e pede punição a árbitros




Josh Hedges
Pezão recebeu o apoio dos muitos brasileiros presentes na arena em Las Vegas
Pezão recebeu o apoio dos muitos brasileiros presentes na arena em Las Vegas


Antônio Pezão não conseguiu realizar o sonho de se tornar campeão do UFC. Na edição 160, realizada neste sábado, em Las Vegas, Cain Velasquez frustrou o brasileiro e venceu por nocaute técnico. Pezão criticou a interrupção do compatriota Mario Yamasaki, considerando-a prematura.

“O povo brasileiro estava torcendo muito por mim, mas tinha um brasileiro lá dentro que parece que não gosta de brasileiro. A gente abre mão de muita coisa, de alimentação, família, treinei durante nove semanas, estava preparado para evitar as quedas. Cain acertou a mão e eu cai, mas não tontei. Antes da luta o Mario foi ao vestiário explicar as regras, disse que o primeiro golpe na nuca é advertência, o segundo perda de ponto. Levei golpes na nuca e pensei que ele tivesse interrompido, mas terminou a luta”, contou Pezão, que pediu para que atitudes, para ele, erradas dos árbitros, não fiquem impunes.

“Tem que ter punição para árbitros, Mario vem errando em várias lutas, até na casa do TUF Brasil. Mas é um ser humano, ele errou. Agora não adianta chorar o leite derramado, é correr atrás do prejuízo”, lamentou o “Big Foot”.
  Gleidson Venga, direto de Las Vegas

Cigano explica chute sobre Hunt e já pensa em 3º duelo contra Velasquez: “É pau!”

Cigano explica chute sobre Hunt e já pensa em 3º duelo contra Velasquez: “É pau!”



Foto: UFC
Cigano acerta chute rodado, e em seguida completaria no solo o nocaute sobre Hunt
Cigano acerta chute rodado, e em seguida completaria no solo o nocaute sobre Hunt
Depois da coletiva de imprensa do UFC 160, neste sábado, em Las Vegas, o PVT conversou rapidamente com Júnior Cigano, que venceu Mark Hunt por nocaute técnico após conectar belo chute rodado. O ex-campeão dos pesados, famoso por suas habilidades no Boxe, comentou o golpe incomum.

“Treinei muito para essa luta, e treinei de tudo, wrestling, jiu-jitsu, boxe, muay thai. Treino esse chute, mas nunca senti confiante para tentar na luta porque as mãos fazem o trabalho, funcionam. Lembrei do chute na hora e soltei para conseguir a vitória. A estratégia foi boa também, porque fiz Hunt acreditar que eu queria luta no chão e o confundi um pouco”, analisou Cigano.

Com o nocaute, Cigano teve garantida por Dana White uma revanche contra Velasquez até o fim do ano. O lutador da Champion Team / Team Nogueira já pensa na retomada do cinturão.

“É pau! Cain é um excelente atleta, mas acredito que vou voltar a ser campeão”, disse um confiante Cigano.
  Gleidson Venga, direto de Las Vegas

Após nocautear Pezão, Cain se diz pronto fechar trilogia com Cigano

Após nocautear Pezão, Cain se diz pronto fechar trilogia com Cigano

Cain Velasquez derrotou Antônio Pezão por nocaute técnico a 1:21min do R1
Velasquez derrotou Pezão por nocaute técnico no R1 (Foto divulgação UFC)
Atual campeão dos pesados do UFC, Cain Velasquez não teve dificuldades para defender pela primeira vez o cinturão, no sábado (25), nos Estados Unidos, despachando o desafiante Antônio Pezão em pouco mais de um minuto. Como na penúltima luta da noite, o catarinense Junior Cigano nocauteou Mark Hunt, a trilogia com Cain Velasquez irá mesmo acontecer e o campeão aprova a decisão de Dana White.
“A luta contra Cigano faz sentido e eu espero por essa luta”, disse Cain, na coletiva de imprensa após o UFC 160.
O paraibano se queixou de uma possível interrupção precoce do árbitro Mario Yamasaki e alegou ainda que teria sofrido golpes ilegais na nuca. Velasquez desconversou quando lhe perguntaram sobre a validade de seus socos.
“O árbitro me disse que acertei atrás da orelha dele, então, eu confio nele”, disse o campeão.
Dana White já confirmou que a trilogia entre Cigano e Velasquez será realizada antes de dezembro. No primeiro confronto entre os pesos pesados, que aconteceu em novembro de 2011, o brasileiro conquistou o nocaute ainda no primeiro round e tomou o cinturão do americano. A segunda peleja aconteceu no final de 2012 e Velasquez retomou o cinturão dos pesados na decisão unânime dos juízes.

Dana garante Cigano x Velasquez; Mike Tyson ‘decide’ premiação

Dana garante Cigano x Velasquez; Mike Tyson ‘decide’ premiação

Em novembro de 2011, Junior Cigano faturou o cinturão do UFC ao nocautear Cain Velasquez, então dono do título dos pesos pesados. O troco veio em 2012, quando o americano voltou ao posto de número 1. Neste ano, o terceiro capítulo do confronto será escrito, conforme Dana White, presidente do Ultimate, assegurou na coletiva de imprensa pós-UFC 160.

Junior Cigano detonou Mark Hunt e garantiu novo title shot contra Cain Velasquez (Foto Eduardo Ferreira)

“Estou ansioso por essa trilogia. Junior destruiu na primeira luta. Cain destruiu na segunda luta. Mal posso esperar para ver a terceira. A luta vai acontecer antes de dezembro”, afirmou o mandatário.
Mike Tyson decide premiação
O nocaute espetacular aplicado por Junior Cigano, que levou Mark Hunt ao chão com um chute rodado, era o favorito para receber a premiação de nocaute da noite (cerca de R$ 100 mil). Entretanto, segundo Dana White, a pedido de Mike Tyson, lenda do Boxe, TJ Grant faturou a bolada correspondente ao bônus pelo nocaute, enquanto o brasileiro abocanhou a mesma quantia pelo melhor combate do card.
Glover Teixeira, que engatou a quarta vitória consecutiva na organização, levou para casa R$ 100 mil pela finalização imposta a James Te Huna, no primeiro round.
RESULTADOS COMPLETOS:
UFC 160
Las Vegas, Estados Unidos
Sábado, dia 25 de maio de 2013
Card Principal
Cain Velasquez derrotou Antônio Pezão por nocaute técnico a 1:21min do R1
Junior Cigano nocauteou Mark Hunt aos 4min e 18s do R3
Glover Teixeira finalizou James Te Huna aos 3min e 38s do R1
TJ Grant derrotou Gray Maynard por 2min e 7 s do R1
Donald Cerrone derrotou KJ Noons na decisão unânime dos juízes
Card Preliminar
Mike Pyle derrotou Rick Story na decisão dividida dos juízes
Dennis Bermudez derrotou Max Holloway na decisão dividida dos juízes
Robert Whittaker derrotou Colton Smith por nocaute técnico aos 41s do R3
Khabib Nurmagomedov derrotou Abel Trujillo na decisão unânime dos juízes
Stephen Thompson derrotou Nah-Shon Burrell na decisão unânime dos juízes
George Roop derrotou Brian Bowles por nocaute técnico aos 1:43min do R2
Je Porremy Stephens derrotou Estevan Payan na decisão unânime dos juízesremy Stephens derrotou Estevan Payan na decisão unânime dos juízes
 Tatame
Redação, Rio de Janeiro


sábado, 25 de maio de 2013

Velasquez e Pezão na primeira encarada antes do UFC 160

 Velasquez e Pezão na primeira encarada antes do UFC 160

  Gleidson Venga, de Las Vegas (EUA)


Gleidson Venga
Velasquez e Pezão se encaram
Velasquez e Pezão se encaram


Cain Velasquez e Antonio Pezão se encararam pela primeira vez antes de subirem ao octagon para o duelo pelo cinturão dos pesos pesados no UFC 160. O evento acontecerá neste sábado, no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas.

Nesta quinta, os lutadores do card principal do show atenderam a imprensa. Após as entrevistas, fizeram a tradicional encarada para as lentes dos fotógrafos presentes.

UFC 160
Sábado, 25 de maio de 2013
MGM Grand Garden Arena, Las Vegas, Nevada, EUA

Card principal:
Cain Velasquez vs Antônio "Pezão" Silva
Junior "Cigano" dos Santos vs Mark Hunt
Glover Teixeira vs James Te Huna
Gray Maynard vs T.J. Grant
Donald Cerrone vs K.J. Noons

Card preliminar:
Rick Story vs Mike Pyle
Dennis Bermudez vs Max Holloway
Robert Whittaker vs Colton Smith
Khabib Nurmagomedov vs Abel Trujillo
Nah-Shon Burrell vs Stephen Thompson
Brian Bowles vs George Roop
Jeremy Stephens vs Estevan Payan

Cigano se mostra tranquilo: ‘Estou me sentindo bem e não vou me precipitar’

Cigano se mostra tranquilo: ‘Estou me sentindo bem e não vou me precipitar’



Cigano sonha em retomar seu cinturão no Ultimate (Foto Eduardo Ferreira)

Neste sábado (25), Junior Cigano vai ter sua primeira luta após perder seu título, no final de 2012, quando foi derrotado por Cain Velasquez. O brasileiro vai medir forças diante de Mark Hunt, no UFC 160, em Las Vegas. E para o catarinense, esse é o primeiro passo para tentar retomar o título.
“É claro que preciso vencer, eu quero vencer, é a minha carreira, mas o principal o motivo é voltar a ser campeão e esse é o primeiro passo. Vou ter um adversário duro, difícil, mas isso que eu quero. Não desejo ter lutas fáceis”, afirmou.
Assim como Cigano, Hunt também tem um forte poder na trocação e mãos pesadas. Questionado se o melhor caminho para vencer o atleta da Nova Zelândia seria usar o Jiu-Jitsu, o ex-campeão garantiu que confia no seu Boxe, mas caso precise, vai levar o duelo para o solo, de olho nas falhas do seu oponente.
“Eu acho que seria um caminho inteligente, mas estou muito confiante. Acredito nas minhas habilidades em pé, no meu Boxe e no meu poder de nocaute. Minha meta sempre é essa, mas com o decorrer da luta, se eu enxergar que não está dando certo, irei colocar para baixo e usar o Jiu-Jitsu. Vou dar o melhor para evitar as armas perigosas dele e aproveitar seus erros”, disse o lutador, que não termina uma luta por finalização desde 2006.

Com 15 vitórias na carreira, Junior Cigano não teme a mão pesada de Mark Hunt  (Foto Eduardo Ferreira)

Apesar de ambos lutadores terem o Boxe como especialidade, Cigano é mais rápido e sabe disso. De acordo com o peso pesado, usar a movimentação e saber a hora de encaixar os golpes pode fazer a diferença a seu favor.
“A velocidade e movimentação podem ser minhas maiores armas nessa luta. O Boxe do professor Dórea é muito efetivo. A gente se posiciona antes de bater. Eu acredito que sou mais rápido que ele, então vou me posicionar melhor para dar os melhores golpes”.
Esse duelo vai marcar a volta de Cigano após sua primeira derrota no Ultimate. Perguntado se traz uma pressão extra, o atleta tupiniquim fez um discurso sereno e ratificou que sabe o caminho para voltar a vencer.
“Eu fiz um excelente treinamento, já lutei muitas vezes aqui e posso comparar. Estou me sentindo bem e não vou me precipitar. Eu venho para ganhar e sei mudar as estratégias. Venho para nocautear, se não conseguir, busco a finalização e se não der, tento por pontos. É simples. É isso que os campeões fazem”.
Duelos contra Velasquez

Cigano foi autor da única derrota na carreira de Velasquez (Foto UFC)

Caso consiga vencer Hunt, Cigano pode ter mais uma chance ao cinturão da organização e dessa maneira reencontrar Cain Velasquez, se o próprio mantiver o título diante de Pezão. E para o pupilo de Luiz Dórea, ele vai reencontrar o americano mais vezes.
“Eu realmente acho que vamos lutar muitas vezes, ele é um cara diferenciado, tem um gás bom para um peso pesado e é rápido. O Velasquez vai querer se manter no topo e eu quero voltar. Então vamos nos encontrar muitas vezes”, declarou o catarinense.
Velasquez x Pezão
O UFC 160 vai marcar mais uma disputa de cinturão dos pesados, com Cain Velasquez e Antônio Pezão. Já tendo passado por essa situação três vezes, Cigano acredita que seu compatriota tem armas para sagrar-se campeão.
“O Pezão tem muitas chances, tem poder suficiente para acabar essa luta, tanto por nocaute, quanto por finalização. Mas se a luta for longa vai ser mais difícil para ele. Eu realmente acho que não pode dar espaço para o Cain. Tem que buscar a luta e colocar a pressão. Acho que se ele vai conectar os golpes e isso muda a seu favor”.
Luta com Pezão só pelo título
O Brasil pode ter um duelo inédito pelo lugar mais alto da divisão dos pesados. Basta Pezão e Cigano vencerem seus combates. No entanto, os dois são amigos. Porém, no que depender do ex-campeão, isso não vai impedir deles se enfrentarem.
“Vai continuar da mesma forma, mas a gente vai se enfrentar. Estou torcendo para ele e quero que ele ganhe. É uma pessoa boa, que eu admiro e merece ser campeão. Se for pelo titulo, a gente não tem como escapar”.
O UFC 160 tem transmissão ao vivo no canal Combate, a partir das 19h30. A TATAME acompanha o evento direto de Las Vegas.
CARD COMPLETO:
UFC 160
Las Vegas, Estados Unidos
Sábado, dia 25 de maio de 2013
Card Principal
Cain Velasquez x Antônio Pezão
Junior Cigano x Mark Hunt
Glover Teixeira x James Te Huna
Gray Maynard x TJ Grant
Donald Cerrone x KJ Noons
Card Preliminar
Rick Story x Mike Pyle
Dennis Bermudez x Max Holloway
Colton Smith x Robert Whittaker
Khabib Nurmagomedov x Abel Trujillo
Stephen Thompson x Nah-Shon Burrell
Brian Bowles x George Roop
Jeremy Stephens x Estevan Payan

A história de Pezão: de segurança de carro forte a desafiante ao título do UFC

A história de Pezão: de segurança de carro forte a desafiante ao título do UFC

Redação, Rio de Janeiro

Pezão reencontra Velasquez (Foto UFC)

Do alto dos seus quase dois metros de altura e incríveis 126kg, Antônio “Pezão” Silva esbanja simpatia e simplicidade. Paraibano de Campina Grande, Pezão terá a chance de se tornar campeão do UFC neste sábado (25), quando enfrenta Cain Velasquez. Mas, nem mesmo a chance de se tornar o melhor lutador do mundo faz com que o lutador esqueça o passado sofrido que enfrentou até chegar à gloria nos Estados Unidos. A infância simples, os problemas com a imigração, problemas de saúde e a falta de dinheiro quase afastaram esse talento dos holofotes do MMA.
Confira abaixo a história do lutador, contada na Revista TATAME #151:
Filho de um policial militar com uma cabeleireira, o paraibano sempre foi aficionado pelas lutas, e começou bem cedo. “Comecei no caratê aos quatro anos. Fui ver uma apresentação de caratê e não sabia nem falar direito. Voltando pra casa pedi pro meu pai um quimono, e ele comprou um usado pra mim”, contou Pezão, que no começo teve que fazer a família se desdobrar para poder treinar.
Depois de sair das aulas, o então pequeno amante das artes marciais ficava louco para ir logo treinar, e fazia questão de ser o primeiro a chegar à academia. Arrastando a mãe para a academia, depois de um dia inteiro trabalhando no salão, Pezão se divertia nos treinamentos.
“Eu sempre treinava no final da tarde. Minha mãe passava o dia inteiro no salão e sentava lá enquanto eu treinava. Muitas vezes ela dormia de tão cansava, mas eu não faltava um dia”, contou o atleta, que é grato até hoje pelo apoio dos pais. “Meus pais foram fundamentais para eu chegar aonde estou hoje”, relembra, orgulhoso.
Depois que começou a competir profissionalmente, o lutador ainda teve que conviver com a dura rotina de trabalho. Segurança de carro forte, Pezão se desdobrava para proteger o dinheiro da empresa e tentar ganhar um trocado nas lutas.
“Meu treinador sempre falou para eu largar o trabalho de segurança e começar a lutar, mas sempre tive receio”, pensava, tendo que sustentar a família. “De tanto colocar aquilo na minha cabeça eu decidi lutar. Vendi meu Fusca por R$ 1200 e comprei suplementos, luvas, joelheiras e comecei a treinar. Graças a Deus, hoje estou aqui e posso dar o melhor à minha família, e tudo isso veio através do MMA”, emociona-se o gigante.

Desde cedo dedicado às lutas, o “Junior” já indicava que a força determinaria o caminho de sua vida (Foto arquivo pessoal)

A artimanha do técnico para levá-lo ao MMA

Pezão chegou ao seu auge ao atropelar Fedor (Foto divulgação)

Grande, forte e rápido. Com estes atributos, Pezão não conseguiu “fugir” por muito tempo dos insistentes convites de seu treinador para se aventurar no MMA. Durante uma conversa, Eli Wanderlei, seu técnico na época, falou que organizaria um torneio para que o paraibano lutasse. Antônio concordou, levando na brincadeira. Mas ele falava sério.
“Ele me pegou pela palavra. Lutei e ganhei por nocaute no primeiro round, e depois disso tomei gosto. Diminuí um pouco os treinos de Jiu-Jitsu e passei a treinar Submission, Boxe, e aí conheci o (Mário) Sucata”, contou o gigante, que ainda  trabalhava como segurança de carro forte e acabou transferido para a João Pessoa, onde conheceu o treinador que o levou para a Inglaterra – pelo menos, tentou.
“O Sucata dava aula na capital e me perguntou se eu queria lutar na Inglaterra, e eu não pensei duas vezes. Ele me deu a oportunidade e fomos pra lá. Não me deixaram entrar e fui deportado na primeira vez. Não acreditaram que eu ia para treinar”, relembrou.
Sem desanimar com a primeira resposta negativa, Pezão e Sucata foram atrás de alternativas para entrar na Inglaterra, mas todas falharam, chegando a dormir em um aeroporto em Portugal, e precisou da ajuda do amigo Rodrigo Minotauro para retornar ao Brasil. Depois de juntar documentos e revistas, provando que era um lutador e que ia à Terra da Rainha para treinar, seu visto foi concedido. E a passagem na Inglaterra foi vitoriosa. Com os cinturões do Cage Warriors e Cage Rage, Antônio ganhou um convite para lutar no EliteXC, onde conquistou mais um título. Com a simplicidade que lhe é característica, o paraibano reconhece o feito de conquistar três cinturões, mas continua trabalhando forte como fazia no interior da Paraíba.
O amor dos pais

Apoio dos pais foi fundamental para o atleta (Foto arquivo pessoal)

A vida sempre foi bastante dura para Antônio Pezão e o lutador sempre esteve envolvido com as artes marciais, mas a mudança para o MMA foi vista com certo receio por parte da família. Com exceção de Antônio Carlos, pai coruja que sempre apoiou o filho na decisão, Pezão encontrou resistência na mãe e na esposa, que não viam as lutas com bons olhos.
“Nunca fomos contra, sempre apoiamos a decisão dele. Ele, desde criança, saía da nossa cidade e ia competir por todo o Nordeste, não tinha nem patrocínio… Na verdade tinha ‘paitrocínio’, porque era eu quem bancava tudo (risos). Fico muito orgulhoso. Não tínhamos planos de ter um filho onde ele está hoje, morar nos Estados Unidos, ser dono de três cinturões, é um orgulho muito grande”, conta o pai.
A esposa do lutador, Maria do Rosário, também foi contra no começo, pois a grana era curta e os riscos altos.
“Minha esposa não queria que eu lutasse. Lá em Campina Grande eu lutei e ganhei R$ 350, e ela falava: ‘se você quebrar um dente, isso não vai dar nem para pagar um dentista’. Depois ela passou a ver com outros olhos”, conta Pezão.
Depois de conquistar a esposa, o lutador “dobrou” a mãe: “Eu o levava pela mão aos treinos de caratê e muitas vezes dormia enquanto ele treinava. Ele sempre foi dedicado nos treinos, desde pequeno dava show”, contou Maria de Lurdes, mãe de “Junior”, como costumam chamar o atleta da ATT. “O meu Junior de antes é o Pezão de hoje, e me orgulho muito”.